sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Como bolhas de sabão



Como não se perder no Caos?

O movimento "externo": carros, pessoas, sons, vento, calor...movimentos que nos despertam sensações, emoções, pensamentos.

Como uma bolhinha de sabão.
Somo seres vivendo dentro de uma bolha.
E nossa vida é tudo o que conseguimos ver e ter dentro dela.
É tudo o que conseguimos ver através dela com seus limites e distorções.
E a bolhinha de sabão vai sendo levada pelo vento, sem destino certo.

De repente a bolha estoura e percebemos que somos tudo.
Não temos mais limites de espaço. Tudo ganha mais luz, mais cor, maior clareza e definição.
Deixamos de existir enquanto individualidade fragmentada de bolhinha de sabão. Deixamos de ser bolhinhas isoladas, feitas da mesma matéria de água e detergente.
As bolhas de sabão são tão mágicas...talvez sejam porque tenham tanto a ver com  a gente. 

Dentro delas conseguimos ver, ouvir, cheirar...sentir todos os sentidos.
Quando a bolhinha estoura, passamos a Ser o que antes era o causador da sensação, somos o Todo.
Como a Gitã do Raul: " Eu sou a Luz das Estrelas...eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga, eu sou a beira do abismo, eu sou o tudo e o nada".

Quando há o estouro, não temos mais o canal de sentir. Simplesmente Somos.

Como a diferença entre ouvir a música e ser a música. 
Como a música pode ouvir a ela mesma?



A maravilha de ser ser humano é a gente poder cantar, tocar, ouvir e ao mesmo tempo também poder experimentar Ser a música.

É uma experiência divina das possibilidades humanas; Poder  Ser e ao mesmo tempo ter a consciência que se é.

A experiência humana nos dá a oportunidade de Ser Tudo e de estar na bolha ao mesmo tempo.

Podemos passar a vida inteira vendo o mundo somente com a experiência de dentro da bolhinha de sabão e nem imaginar que ela, um dia possa vir a estourar. Ou podemos também esquecer que essa possibilidade existe, seduzido por suas cores brilhantes.

Mas...no deslizar do vento, um dia a hora chega.
E de repente...Plock.

Não está no nosso desejo enquanto ser limitado-fragmentado-parte, estourar a bolha. Esse vai sendo levado pra onde sopra o vento.

O poder vem da conexão com o "algo maior", espírito de amor. Essa conexão causa o estouro e transforma tudo e todos em tudo o que é e há. 

Duas coisas fazem parte dessa brincadeira de estourar bolhinhas - O medo e o Amor.

O medo nos coloca "protegidos" na bolha e o Amor nos liberta.

Conclusão:
O Amor é um estouro!







segunda-feira, 4 de junho de 2012



Faz muito tempo que não entro aqui , mas não resisti em colocar essa foto desses sorvetes de amora!
E aqui vai a receita:

• Gelado de amora com ginjinha •

Ingredientes
:

150g de açúcar
500g de amoras
½ limão, descascado e sem caroços
80g de licor de ginja
400g de natas, bem frias c/ 35% de gordura

Preparação bimby:

Coloque no copo o açúcar e pulverize 15seg/vel 9.
Adicione as amoras, o limão e o licor de ginja e programe 10seg/vel 9. Retire e com a ajuda de um passador de rede fina e uma colher coe o puré de amora de modo a retirar as sementes e reserve.
Coloque a borboleta e as natas e programe 2min/vel 3 ½. Tem de estar com atenção para que não passem a manteiga. *
Adicione o puré de amora e envolva 10seg/ vel 3.
Distribua pelas formas individuais e leve ao congelador 24 horas.


Ô receitinha complicada, hein?
E eu não tenho idéia do que seja licor de Ginja.


Tirei desse blog:

http://clavelscook.blogspot.com.br/2012/04/gelado-de-amora-com-ginjinha.html

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Crise não-existencial


Estou aqui pensando em como a gente é uma gente absurda.
Falo a gente porque parei de achar que as dificuldades e alegrias são só minhas, mesmo continuando a ainda achar muitas vezes, no meu achar de ego(grrrr) que não me deixa em paz.
No absurdo que é não conseguir ser quem se é.
É nisso que tenho pensado e sentido ultimamente nos minutos do meu dia em que esqueço que existo.
Meus dias ultimamente estão divididos entre pensar em como ser e sofrer por não conseguir ser.
E é claro total na minha consciência de ser humano que sou que: só sou se sair desse carrossel atordoante mental. Mas a dificuldade está em ter coragem pra ser o que se é.
Pensar é bem mais fácil. Não precisa fazer nada pra pensar. O coisinha sem esforço.
Pra ser o que se é precisa ter muita coragem.
Começo a entender em nota Si bem maior a coragem que me falta ou a coragem que tenho.
É....eu sei que nada falta.
O que falta é a gente pegar, ver, agarrar, ser.
Tá tudo aí.
Esse é o absurdo.
Tem uma flor na minha frente.
É só eu dar um passo pra pegá-la.
Está lá. Tô vendo, é linda e até posso sentir seu cheiro.
Mas não consigo pegá-la.
Tenho pés, pernas, mãos, olhos e coração e não consigo pegá-la.
Como que isso pode ser algo possível de acontecer?
É total surreal.
É total loucura.
Insana total estou.
Insanos totais somos enquanto acreditamos na surrealidade humana.
Já peguei essa flor muitas vezes e ainda pego. Flor conhecida no desconhecimento do momento.
Mas ultimamente estou como se estivesse vivendo em um filme de Bunuel.
Só rindo 
e só chorando
tudo ao mesmo tempo
da tragédia humana de não conseguir ser quem se é.
Mesmo sem saber quem sou.
Sei e não sei.
Saber, as vezes ajuda e as vezes atrapalha.
Se vc sabe que é muitas vezes deixa de ser.
Ser é só ser e nada saber. Saber é sem saber que se sabe.
Ser sem saber que se é.
Isso me fez lembrar uma parte do livro do Capra, onde ele colocou um dizer de Ashvaghosha, místico oriental:

"A plenitude não é aquilo que é existência, nem é aquilo que não é existência, nem aquilo que é ao mesmo tempo existência e não existência, nem aquilo que não é ao mesmo tempo existência e não existência."

...

.......
..........

Hã?

Hahahahahahaha
hahahahahahahhahahahhaha

Só rindo.
Como dá pra entender uma coisa dessas pensando.

Eu adoro essa frase desse tal de Ashvaghosha. Ela é simplesmente a colocação mais sem sentido e a mais com sentido e ao mesmo tempo sem sentido e com sentido e ao mesmo tempo sem sentido nenhum e com total sentido!

Depois dessa....
só me resta viver.
Isso é..a pia tá cheia de louça pra eu lavar e eu fico aqui nesse lero-lero.
Hahaha
Vou pra lá que ganho mais, pelo menos a minha pia ficará limpa.
E aí vai sobrar mais tempo pra eu pensar sobre ser ou não ser, eis a questão...
Olha...
Tô recebendo Macbeth aqui em casa e nem sabia.
Que convidado tão ilustre.
E pentelho pra caramba!
Vai com sua crise existencial pra outro lugar que eu tenho mais o que fazer. 
hahaha
Ai ai.
Como é bom escrever.
Colocar os fantasmas pra fora.
Né seu mané?
E não me vem com essa caveirinha pra cima de mim, não.